O Ibovespa encerrou o dia em queda superior a 2% nesta quinta-feira (2) e ficou nos 116 mil pontos, seguindo as repercussões da reforma do Imposto de Renda, e o mercado preocupado com possíveis desdobramentos. Com isso, o índice da bolsa brasileira ficou distante dos mercados internacionais, que fecharam em alta.
A Câmara dos Deputados aprovou o texto principal do projeto que altera regras do Imposto de Renda, mediante acordo após o relator da matéria, Celso Sabino (PSDB-PA), promover mudanças em seu parecer e prometer a redução do tributo para todas as pessoas físicas e garantir que não haverá redução da arrecadação de Estados e municípios.
No decorrer da tarde desta quinta, os deputados votaram destaques da reforma. Os principais foram em relação à taxação de lucros e dividendos. A Câmara dos Deputados aprovou, por 319 votos favoráveis e 140 contrários, a redução de 20% para 15%.
Nos Estados Unidos, os índices estão operando em alta, impulsionado por ganhos em empresas de tecnologia e energia e pela expectativa de que o Federal Reserve vai manter sua política monetária expansionista em meio a sinais de que a recuperação econômica está desacelerando.
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O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em forte baixa de 2,28%, cotado a 116.677,08 pontos. O volume financeiro ficou em R$ 31,4 bilhões.
O dólar fechou em estabilidade, com leve queda de 0,03%, cotado a R$ 5,183.
Nos EUA, as bolsas fecharam em alta. O S&P 500 encerrou o dia em +0,28% (4.536,97), o Nasdaq finalizou com +0,14% (15.331,18), enquanto o Dow Jones ficou em +0,37% (35.443,62).
Confira outros destaques desta quinta:
Câmara aprova redução de 20% para 15% na taxação de lucros e dividendos
A Câmara dos Deputados aprovou a redução de 20% para 15% a alíquota de tributação de lucros e dividendos da reforma do Imposto de Renda (IR) nesta quinta-feira (2). Por 319 votos favoráveis e 140 contrários.
A medida já estava prevista pelo relator do projeto, Celso Sabino (PSDB-PA), que colocou na tabela de previsão de perdas e ganhos que encaminhou a Estados e Municípios.
Na tabela, a qual o jornal Estado de S. Paulo teve acesso, a arrecadação tem uma previsão de R$ 11 bilhões em 2022 e de R$ 33,36 bilhões em 2023 com a mudança da alíquota.
Câmara rejeita emenda para ampliar faixa de isenção para R$ 2,7 mil
O plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, por 290 a 121 votos, um destaque do PT que buscava mudar a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para ampliar a faixa de isenção e criar novas alíquotas, de 30% a 37,5%. Hoje, a taxação máxima no IRPF é de 27,5%.
A proposta do governo, chancelada pelos deputados, eleva a faixa de isenção de R$ 1,9 mil para R$ 2,5 mil.
O destaque do PT busca um reajuste ainda maior, para R$ 2.737,14.
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